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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

domingo, 30 de novembro de 2014

Consumo de leite não diminui risco de fraturas por fragilidade óssea



Data: 19/11/2014
Autor(a): Alweyd Tesser


Texto retirado do site: www.nutritota.com.br
 
"Um estudo publicado pelo British Medical Journal (BMJ) demonstrou que mulheres que bebiam mais de três copos de leite por dia demonstravam maior tendência a sofrer fraturas que mulheres consumindo menores quantidades do produto.

Trata-se de um estudo observacional no qual os pesquisadores analisaram dados de duas grandes coortes suecas: uma contou com a participação de 61.433 mulheres e a outra com 45.339 homens. Em ambos os estudos, os participantes responderam um questionário de frequência alimentar no início, após 10 e 20 anos de acompanhamento. Foi aplicado uma análise multivariada de modelos de sobrevivência para determinar a associação entre o consumo de leite e fratura óssea.

A média de ingestão de leite no início do acompanhamento foi de 240 g por dia para as mulheres e 290 g por dia para os homens. Após 20 anos, 17.252 mulheres tiveram fratura óssea, das quais 4.259 tiveram fratura de quadril. O acompanhamento dos homens durou 13 anos, e ao final, 5.379 participantes tiveram fratura óssea, dos quais 1.166 tiveram fratura de quadril.

Em uma análise com base em uma avaliação de exposição única os pesquisadores observaram que as mulheres que consumiam três ou mais copos de leite por dia apresentaram um risco 50% maior de sofrer fraturas de quadril. Para os homens, os resultados demonstraram uma tendência parecida, porém menos acentuada.

Produtos à base de leite fermentado, como o iogurte, apresentaram o padrão oposto, o maior consumo reduziu o risco de fraturas. Os autores explicam que um fator que pode influenciar a força óssea é a D-galactose, que estudos experimentais já mostraram acelerar o envelhecimento em alguns animais. Esse açúcar é encontrado em maior quantidade em produtos lácteos não fermentados.

Fatores como o peso e o consumo de álcool e prática de atividade física não forasm levados em conta.

Os autores concluem que um maior consumo de leite não está acompanhado por um menor risco de fratura óssea e em vez disso pode ser associado a uma maior taxa de mortalidade. No entanto, alertam que os resultados apontam uma tendência e não devem ser interpretados como prova de que o maior consumo de leite causou as fraturas e fragilidade óssea.

Os autores defendem ainda que as recomendações sobre o consumo de leite não sejam alteradas até que se conduzam mais pesquisas sobre o tema".





Referência(s)

Michaëlsson K, Wolk A, Langenskiöld S, Basu S, Warensjö Lemming E, Melhus H, et al. Milk intake and risk of mortality and fractures in women and men: cohort studies. BMJ. 2014; 349:g6015

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Jejum pode ajudar a proteger cérebro, diz estudo

Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos.

"Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar esta proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser", disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver.
 Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.

O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados. Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.

Insulina
 Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina - o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue - e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.

Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes. Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.

Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma. "A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade", disse Mattson.

A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.