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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

sábado, 29 de outubro de 2011

Suplementação de ômega-3 aumenta a eficácia de quimioterapia

Todo suplemento deve ser prescrito por um profissional qualificado.
Boa leitura!


"Pesquisadores canadenses publicaram na revista científica Cancer um estudo que comprovou os benefícios da suplementação de ácidos graxos ômega-3 em aumentar a eficácia da quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão, contribuindo para aumento da sobrevida.

Trata-se de um ensaio clínico, aberto, controlado por placebo que avaliou 46 pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. Este tipo de câncer ocorre em 75% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão e corresponde a um grupo heterogêneo composto de três tipos histológicos principais e distintos (carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células). Mais de 65% dos casos de câncer de pulmão de células não pequenas avançado não respondem à quimioterapia de primeira linha e as taxas de sobrevivência em um ano são baixas.

Neste sentido, os pequisadores trabalharam a hipótese de que a suplementação com óleo de peixe (fonte de ácidos graxos ômega-3) durante a quimioterapia de primeira linha iria aumentar as taxas de resposta ao tratamento.

Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo controle (n=31), que recebeu quimioterapia padrão (carboplatina com vinorelbina ou gemcitabina) + placebo; e o grupo suplementação (n=15), que recebeu também a quimioterapia padrão + 2,5 g de ômega-3/dia, sendo 2,2 g de EPA (ácido eicosapentaenoico) e 240 mg de DHA (ácido docosahexaenoico).

O grupo que recebeu a suplementação apresentou melhor taxa de resposta à quimioterapia (p = 0,008) e maior benefício clínico quando comparado ao grupo placebo (p = 0,02). Além disso, os pacientes que receberam a suplementação tiveram uma tendência ao aumento de um ano de sobrevida em relação ao grupo placebo (p = 0,15).

Os pesquisadores afirmam que este é o primeiro estudo que avaliou e comprovou que a adição de 2,5g de ômega-3 aumenta a sobrevida e as taxas de resposta à quimioterapia de primeira linha em pacientes com câncer de pulmão.

“A suplementação de ômega-3 pode representar uma abordagem segura e não tóxica para melhorar o tratamento de pacientes com câncer de pulmão. A diferença observada nas taxas de resposta entre os grupos foi impressionante, mesmo com um número pequeno de pacientes. No entanto, reconhecemos que existe a necessidade de confirmação por meio de mais ensaios clínicos randomizados para confirmar esses achados”, concluem.



Referência(s)

Murphy RA, Mourtzakis M, Chu QS, Baracos VE, Reiman T, Mazurak VC. Supplementation with fish oil increases first-line chemotherapy efficacy in patients with advanced nonsmall cell lung cancer. Cancer. 2011;117(16):3774-80.

fonte: nutritotal.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quais são as estratégias nutricionais para pacientes com síndrome dos ovários policísticos?



Estudos que avaliaram as intervenções dietéticas para pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP) têm demonstrado benefícios com o controle do peso corporal, por meio de restrição de calorias. Entretanto, embora a dieta hipocalórica seja reconhecidamente favorável para melhorar a composição corporal e, consequentemente, para o tratamento da SOP, a composição de macro e micronutrientes específicos ainda não está totalmente esclarecida.

De um modo geral, diversas diretrizes indicam que a dieta e exercícios físicos representam o tratamento de primeira linha, devido à melhora da resistência à insulina e retorno dos ciclos ovulatórios, mesmo na ausência de perda de peso.

A SOP é uma doença endócrina que afeta entre 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. As características clássicas dessa síndrome incluem: oligomenorréia ou amenorréia, anovulação, infertilidade, hirsutismo (crescimento excessivo de pêlos com características masculinas), acne e queda de cabelo.

A resistência à insulina, com hiperinsulinemia compensatória, tem sido identificada como um componente chave na fisiopatologia da SOP, tanto em mulheres com peso normal ou obesas, sendo este fator relacionado com o aumento de risco para diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Com isso, o tratamento dietético da SOP deve se concentrar também na melhora da sensibilidade à insulina, por meio de dieta com baixo teor de gordura saturada, rica em fibras e alimentos com baixo índice glicêmico. As fibras dietéticas, especialmente as solúveis, são componentes importantes para a modulação hormonal, pois estudos observaram que dietas com baixo teor de fibras levam ao aumento das concentrações de estrogênios e androgênios circulantes. Assim, a inclusão desses alimentos na dieta das mulheres com SOP pode apresentar efeitos benéficos. Phelan et al (2011), verificou que a suplementação de ácidos graxos ômega-3 (1,9 g/dia) foi benéfica em mulheres com SOP para modulação hormonal e do perfil lipídico.




Bibliografia (s)

Jeanes YM, Barr S, Smith K, Hart KH. Dietary management of women with polycystic ovary syndrome in the United Kingdom: the role of dietitians. J Hum Nutr Diet. 2009;22(6):551-8.

Marsh K, Brand-Miller J. The optimal diet for women with polycystic ovary syndrome? Br J Nutr. 2005;94(2):154-65.

Barr S, Hart K, Reeves S, Sharp K, Jeanes YM. Habitual dietary intake, eating pattern and physical activity of women with polycystic ovary syndrome. Eur J Clin Nutr. 2011;65(10):1126-32.

Phelan N, O'Connor A, Kyaw Tun T, Correia N, Boran G, Roche HM, Gibney J. Hormonal and metabolic effects of polyunsaturated fatty acids in young women with polycystic ovary syndrome: results from a cross-sectional analysis and a randomized, placebo-controlled, crossover trial. Am J Clin Nutr. 2011;93(3):652-62.




fonte: nutritotal.com.br

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Estudo mostra bactéria Lactobacillus reuteri promove a saúde

"Há um grande interesse no impacto de bactérias do ácido lático sobre a nossa saúde. Agora um novo estudo da Faculdade de Saúde e Sociedade, da Universidade de Malmö, na Suécia, mostra que a ocorrência de Lactobacillus reuteri no organismo promove a saúde.

Os seres humanos têm usado bactérias do ácido láctico durante milhares de anos para conservar e melhorar o valor nutricional dos alimentos sensíveis. Cepas hoje vários de lactobacilos e bifidobactérias são adicionados a muitos alimentos.

A pesquisa mostrou que vários tipos diferentes de Lactobacillus reuteri ter um efeito positivo sobre a saúde, incluindo vários tipos de distúrbios gastrointestinais e saúde oral. Acredita-se também que os lactobacilos desempenham um papel no desenvolvimento de alergias.

Na década de 1960, quando a bactéria foi descoberta, L. reuteri ocorreu naturalmente nos corpos de 30-40 por cento da população. Hoje é encontrada em 10-20 por cento.

"Nós relacionamos essa queda às mudanças no estilo de vida. Nós não comem alimentos fermentados, como chucrute, da mesma forma como antes e usar preservativos, que matam as bactérias nos alimentos e no corpo", diz Gabriela Sinkiewicz, um pesquisador na Faculdade de Saúde e Sociedade, da Universidade de Malmö, que em breve apresentará sua dissertação sobre L. reuteri.

Gabriela Sinkiewicz é um dos primeiros pesquisadores a determinar que a bactéria ocorre naturalmente no leite materno em algumas mulheres de países geograficamente diversificada. Ela comparou a ocorrência de L. reuteri no leite materno das mulheres em sete países em diferentes continentes.

"Em média, uma das sete mulheres tinham a bactéria em seu leite. No Japão e na Coréia, no entanto, as mulheres tinham maiores concentrações de lactobacilos", diz Sinkiewicz, que diz que a prevalência de L. reuteri no leite materno é importante, pois ajuda o sistema intestinal do bebê a amadurecer e sua defesa imunológica para se desenvolver. Ela também afirma que isso afeta o risco de desenvolver alergias.

Gabriela Sinkiewicz também estudou como L. reuteri afeta a saúde oral e estabeleceu que a ocorrência de ambas as placas e sangramento da gengiva diminuiu após apenas duas semanas de uso de goma de mascar contendo determinadas estirpes de L. reuteri".

"Estudos mostram que L. reuteri é altamente eficaz. Temos vários estudos em andamento que tratam diretamente da saúde bucal e alergias."

Fonte: http://dspace.mah.se/handle/2043/10570