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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

terça-feira, 29 de março de 2011

O que é alergia ao leite

Alergia ao leite de vaca (APLV) é o tipo mais comum de alergia alimentar (AA.

Alergia alimentar (AA) é a reação adversa (despropositada, inesperada, anormal) do sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) às proteínas dos alimentos. A ocorrência de alergia alimentar vem aumentando no mundo como um todo. Estima-se que 6% das crianças menores de três anos e 3,5% dos adultos apresentam algum tipo de alergia alimentar.

• Para compreender melhor a alergia alimentar é importante lembrar alguns conceitos básicos sobre o sistema imunológico e sobre a digestão das proteínas.

O nosso sistema imunológico é formado por órgãos e células responsáveis por defender nosso organismo contra a invasão de bactérias, vírus e parasitas (vermes).

Quando ingerimos os alimentos e bebidas, as proteínas são digeridas (“quebradas”) em pequenas partículas denominadas “aminoácidos” e “peptídeos” (pequenas cadeias de aminoácidos), e desta forma são absorvidas no intestino e se espalham através do sangue por nosso corpo.
Como as Proteínas são digeridas ('quebradas") e absorvidas?

Estes peptídeos e aminoácidos são muito importantes, pois formam nossos músculos, ossos, dentes, etc. No entanto, embora sejam bons e importantes para nosso corpo, às vezes o sistema imunológico se confunde, e identifica os peptídeos como substâncias nocivas, reagindo contra eles. Esta reação adversa (que não deveria acontecer), manifesta-se como uma reação alérgica, ou seja, uma alergia ao alimento.

Os oito alimentos mais alergênicos são: leite de vaca, soja, ovo, trigo, peixe, frutos do mar, amendoim e castanhas. Para os bebês que não têm leite materno disponível, a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é a mais complicada de ser tratada, visto que o leite é o principal alimento nesta fase da vida, tendo um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento da criança. Por esta razão, os esclarecimentos a seguir utilizarão como exemplo a APLV, embora os sintomas, diagnóstico e tratamento das alergias a outros alimentos sejam parecidos, mudando-se apenas o alimento responsável por ocasionar a alergia.

• Fatores associados ao desenvolvimento da alergia alimentar

A influência genética / familiar é o fator mais associado ao desenvolvimento da alergia. Filhos de pais alérgicos possuem 75% de chances de ter alguma alergia. Além disso, a higiene tem sido considerada uma das possíveis causas do aumento das alergias alimentares, pois os hábitos de limpeza, as vacinas e os antibióticos tornam as pessoas menos expostas a infecções, acarretando alterações no sistema imunológico e aumentando as chances de desenvolver alergias.

Outro fator associado à alergia alimentar, principalmente à proteína do leite de vaca (APLV) é o contato precoce com o alimento. Ao nascer, o intestino e o sistema imunológico do bebê ainda estão em fase de maturação, ou seja, ainda estão “aprendendo” a fazer a digestão dos alimentos e a defender o organismo contra substâncias nocivas.

O alimento ideal para os bebês é o leite materno. Pequenas quantidades das proteínas que a mãe consome passam através do leite materno, e assim o bebê vai lentamente tendo contato e se “acostumando” com os alimentos que consumirá no futuro. Esse processo chama-se desenvolvimento de tolerância.

No entanto, se o bebê ingere leite de vaca precocemente, as chances de desenvolver APLV aumentam. Como o organismo do bebê ainda está “aprendendo” a fazer a digestão dos alimentos, pode ter dificuldade para digerir o leite de vaca, e absorver suas proteínas inteiras, antes de serem digeridas até peptídeos e aminoácidos. O sistema imunológico do bebê, que também ainda está em fase de amadurecimento, pode confundir a proteína do leite de vaca com algo nocivo e começar a reagir, desencadeando a alergia.
Na APLV o organismo da criança não reconhece uma ou mais proteínas do leite de vaca (caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina) e reage a elas.

Aproximadamente 1 em cada 20 bebês tem APLV!

- Quais são os tipos de alergias alimentares? Que sintomas podem ocorrer?

Mediadas por IgE
As reações mediadas por IgE são denominadas destas forma, pois o organismo produz anticorpos específicos do tipo IgE para os alérgenos alimentares. No caso da APLV, o organismo produzirá anticorpos IgE específicos para as proteínas do leite de vaca que a criança é alérgica. Elas são consideradas imediatas, pois os sintomas aparecem logo após o contato com o alimento. Os sintomas mais comuns neste caso são: diarréia e vômito em jato, edema de lábio, língua ou palato (céu da boca); urticária (empipocamento do corpo), asma, rinite e anafilaxia (coceira, dificuldade para respirar, fechamento da glote = garganta). Os exames de sangue (RAST) e de pele (prick teste) podem ajudar na investigação, pois estes exames pesquisam anticorpos IgE.

- Não mediadas por IgE
(também conhecidas como mediadas por células)
As manifestações não mediadas por IgE (ou mediadas por células) são aquelas em que o organismo não produz anticorpos IgE específicos. Nestes casos a reação é mediada por outras células. O grande diferencial deste tipo de reação clínica é que os sintomas são tardios, podendo aparecer horas ou dias após a ingestão do leite ou do alimento que a pessoa é alérgica. Além disso, não é possível diagnosticar a alergia através dos exames de sangue (RAST) e de pele (prick teste), uma vez que nestes exames verificam apenas os anticorpos IgE. Os sintomas mais comuns neste caso são: inflamação do intestino acompanhada de diarréia com sangue ou não, vômito (não imediato à ingestão do leite), dores na região abdominal, assaduras e vermelhidão perianal, recusa alimentar, irritabilidade e choro excessivos, baixo ganho de peso. Pode ocorrer também constipação intestinal (intestino preso, fezes ressecadas).

- mistas (envolvem as duas acima)
Algumas crianças podem apresentar os dois tipos, denominadas como manifestações mistas. Nestes casos, podem surgir sintomas imediatos e tardios à ingestão do leite. Os mais comuns são: refluxo, dores abdominais decorrentes da gastrite, dores na região do peito decorrente da esofagite, asma e dermatite atópica (ressecamento com ou sem descamação e lesão da pele).

texto retirado dos site: http://www.alergiaaoleitedevaca.com.br

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